Família de Bruna Valeanu confirma morte da jovem em Israel
Brasileira estava desaparecida desde sábado, ao ser rendida por terroristas do Hamas em uma festa rave.
A família de Bruna Valeanu, brasileira que estava desaparecida em Israel desde sábado (7), confirmou a morte da jovem no fim da manhã desta terça-feira (10).
A estudante estava na festa rave Universo Paralello com amigos quando terroristas do Hamas chegaram. O DJ Juarez Petrillo, pai dos DJs Alok e Bhaskar, filmou o momento em que o festival foi interrompido (veja acima). De acordo com o jornal “The Times of Israel”, ao menos 260 corpos foram encontrados no local.
Também nesta terça, o Itamaraty informou a morte do gaúcho Ranani Nidejelski Glazer. Ainda há uma brasileira desaparecida nos conflitos: Karla Stelzer Mendes.
Notícia pelo Exército
O g1 conversou com Florica, irmã mais velha de Bruna que também vive em Israel. Segundo Florica, o Exército israelense comunicou ter encontrado o corpo da estudante. O enterro está previsto para a noite desta terça (tarde no Brasil).
“Minha mãe teve um pressentimento nesse dia, ela não sabia que a festa seria perto de Gaza. Minha mãe falou: ‘Bruna, não vai na festa’. Minha mãe teve esse pressentimento”, contou Florica, mais cedo.
Quem era Bruna
A jovem de 24 anos vivia em Israel há 8 anos e estudava comunicação e marketing. Lá também moram a mãe e Florica. Outra irmã, Nathalia, permaneceu no Rio de Janeiro.
Das 3, Bruna era a que mais sabia falar hebraico — e o idioma foi mais uma dificuldade na busca de informações.
“Ela [Bruna] foi para esta festa, estava com um grupo grande de amigos, muitos brasileiros e israelenses. Ela acabou se separando, na hora do ataque, das outras amigas dela, que já se salvaram. Ela ficou em um grupo onde estava o Liam, um amigo do trabalho, que é israelense”, contou Nathalia.
“Sendo muito sincera, a minha melhor esperança é que ela tenha sido sequestrada. Porque se não, eu acho que é isso, ela não sobreviveu”, disse Nathalia ao g1 nesta segunda-feira (9).
“A última coisa que conseguimos foi a localização dela por mensagem. Era uma localização perigosa, onde os terroristas entraram armados em caminhonetes, tanques, motos”, disse a irmã da carioca.
“Ela disse que ouvia muitos tiros e tinha muitas pessoas feridas. E ela estava no meio de um mato, mas era um lugar que estava meio cercado”, lembrou.
Fonte: G1/RN