Defesa Civil de Natal interdita 25 casas e prefeitura monta abrigos em escolas para atender população desalojada
Casas foram interditadas no bairro Felipe Camarão, onde cratera se abriu por causa do volume de chuva no fim de semana.
A Defesa Civil de Natal atendeu aproximadamente 50 chamados por causa das fortes chuvas que caíram sobre a capital potiguar no fim de semana. Ao todo, 12 lagoas de captação de água transbordaram neste domingo (3).
25 casas foram interditadas no bairro Felipe Camarão, onde uma cratera se abriu. Segundo o órgão, todas as famílias foram retiradas da região – exceto um morador que se recusou a deixar o imóvel.
A prefeitura montou três pontos para acolhimento de pessoas desabrigadas em escolas municipais. Apesar disso, os moradores que deixaram as casas em Felipe Camarão preferiram seguir para casas de parentes.
Na Zona Norte, 10 pessoas desabrigadas após alagamentos em suas casas, perto da lagoa do Santarém, foram acolhidas na Escola Municipal Nossa Senhora da Apresentação. O grupo é composto por três famílias e um idoso que vive sozinho.
Os outros dois pontos de acolhimento montados ficam na Escola Municipal Henrique Castriciano, no bairro das Rocas, e na Escola Municipal Professora Maria Cristina Osório Tavares, no bairro Felipe Camarão. A capacidade é para atendimento de 100 pessoas, segundo a Defesa Civil.
A Defesa Civil também registrou alagamento de duas ocupações urbanas feitas por famílias ligadas ao Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) para reivindicar moradias na capital potiguar. Os locais foram visitados pela Secretaria Municipal de Assistência Social.
Na ocupação Palmares, no bairro das Rocas, o município informou que ofereceu abrigo nas escolas municipais, mas todos os moradores manifestaram vontade de permanecer no local. Foram doados 20 colchões e 20 cestas básicas. O mesmo aconteceu na ocupação Emmanuel Bezerra, no bairro da Ribeira.
A prefeitura decretou calamidade pública em razão dos efeitos da chuva na capital potiguar. O decreto autoriza a convocação de voluntários para reforçar as ações de resposta ao desastre e realização de campanhas de arrecadação de recursos junto à comunidade, para assistência à população afetada pelo desastre.
O decreto ainda autorizou os agentes de defesa civil a usar bens particaulares e entrar em casas para prestar socorro ou determinar evacuação, em caso de risco iminente.
A prefeitura também determinou o início de processos de desapropriação, por utilidade pública, de propriedades particulares localizadas em “áreas de risco intensificado de desastre”.
Fonte: G1/RN