Secretário de Estado dos EUA diz que Edmundo González venceu eleição na Venezuela

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Antony Blinken disse, em comunicado, que “as ameaças de Maduro contra líderes da oposição” são antidemocráticas e uma tentativa de se manter no poder.

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que Edmundo González venceu as eleições na Venezuela. González é o candidato da coalização de oposição a Nicolás Maduro, atual presidente venezuelano e que busca a reeleição para um terceiro mandato.

González foi escolhido pela Plataforma Democrática Unitária (PUD), a coalizão de oposição, para participar do pleito. A PUD alega fraude e afirma que seu candidato recebeu 67% dos votos, contra 30% de Maduro —considerando cerca de 74% das atas das urnas.

O governo americano diz ainda que os partidos venezuelanos devem começar a discutir “uma transição respeitosa e pacífica, de acordo com a lei eleitoral”. Leia o comunicado abaixo.

A Venezuela mergulhou em um impasse político e social após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter declarado o atual presidente, Nicolás Maduro, reeleito na eleição do último domingo, 28 de julho, e a oposição alegar ter havido fraude.

Diante do impasse, a Suprema Corte da Venezuela convocou os 10 candidatos à presidência –incluindo Maduro e González, a comparecerem nesta sexta-feira (2) para começar a auditoria da eleição.

No entanto, integrantes da Suprema Corte foram indicados por Maduro e são alinhados a ele.

“Admite-se, assume-se e inicia-se o processo de investigação e verificação para certificar os resultados do processo eleitoral”, expressou Caryslia Rodríguez, presidente da Suprema Corte. O CNE, órgão eleitoral, também é dirigido por um aliado de Maduro.

Leia o comunicado na íntegra

DECLARAÇÃO DO SECRETÁRIO ANTONY J. BLINKEN

1º de agosto de 2024

Avaliação dos Resultados da Eleição Presidencial da Venezuela

Os Estados Unidos aplaudem o povo venezuelano por sua participação na eleição presidencial de 28 de julho, apesar dos desafios significativos. Pelo menos 12 milhões de venezuelanos foram pacificamente às urnas e exerceram um dos direitos mais poderosos concedidos às pessoas em qualquer democracia: o direito de votar. Infelizmente, o processamento desses votos e o anúncio dos resultados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado por Maduro, foram profundamente falhos, resultando em um resultado anunciado que não representa a vontade do povo venezuelano.

Fonte: G1