Doze presos fogem da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, diz Seap.
Secretaria de Administração Penitenciária confirma fuga de detentos da maior unidade prisional do Rio Grande do Norte. É a primeira registrada em três anos.
Esse é o primeiro registro de fuga na unidade prisional em três anos. As polícias Militar e Penal foram acionadas para buscas na região e para a recontagem das pessoas presas na unidade.
Já do lado de fora da cela, os presos usaram uma teresa (corda feita de lençóis amarrados) para passar pela muralha da penitenciária.
De acordo com a secretaria, os fugitivos são todos da cela 9 da ala A do Pavilhão 4. Ao todo, a cela tinha 22 detentos – 10 deles não fugiram. A cela 9 é a mais próxima da muralha por onde os homens escaparam.
A Seap informou que o Pavilhão 4 abrigava 738 presos antes da fuga e que, no total, a Penitenciária de Alcaçuz tinha 1.649 presos.
Os fugitivos
A Secretaria de Administração Penitenciária divulgou os nomes e as fotografias dos 12 fugitivos:
- Alziro Tony da Silva
- Antônio Marcos Sena da Silva
- Cleyton Marques de Mendonça
- Francisco Alef Guedes de Lima
- Francisco Damião Virgínio de Oliveira
- Francisco Eliomar Faustino Junior
- Francisco Ray Pereira da Costa
- Genilson Silva de Andrade
- Henrique de Oliveira Souza
- Ivanaldo Sales da Silva
- Max Soares da Silva
- Osvanildo Maria da Silva
Falha foi alertada, diz sindicato
A presidente do Sindicato dos Policiais Penais do RN, Vilma Batista, disse que havia a falha na estrutura de ventilação do banheiro, por onde os presos fugiram, havia sido alertada pelos policiais penais.
“Infelizmente havia uma falha na estrutura do banheiro, na ventilação, que já tinha sido alertada pelos policiais penais, pela direção, à secretaria [Seap], que era pra ter mandado a [equipe de] infraestrutura resolver esse problema, como também a preocupação com a guarita desativada”, disse.
Segundo ela, a guarita 2 da unidade prisional está desativada, o que também pode ter facilitado a fuga. “A guarita 2 está desativada há muito tempo. A visualização não tem como ter, até porque não há iluminação nesse local [onde fugiram]. É um ponto cego”.
Vilma disse ainda que uma vistoria que deveria ser feita diariamente nas celas não estava sendo possível por um problema estrutural, que impedia a entrada dos policiais penais com segurança no trecho.
“Esse pavilhão tem falha, porque nas duas alas, para acessar o rol, não há nenhuma grade. Então o policial penal não tem visão da última cela”.
Fonte: G1/RN